A realidade e os devaneios
As aves voando
“Melhor é a vista dos olhos do que o vaguear da cobiça; também isso é vaidade, e desejo vão.” Ecl 6;9
A cultura popular adotou a esse ensino, vertendo-o noutras palavras: “Melhor um pássaro na mão, do que cem voando”.
No entanto, quem cortaria as penas das asas da alma, de modo que não se perdesse nesses voos?
Alguma inquietude no ser humano pulsa, que, malgrado possua o suficiente para um pleno viver, em geral vive frustrado alimentando um anseio por algo que não precisa. “Também isso é vaidade e desejo vão.”
Alguém disse que, “Rico não é o que possui mais, mas o que precisa de menos, para viver.”
Assim, a paz de uma alma que se contenta com o que possui, é sua riqueza, a despeito da sombra que essa faça.
Paulo foi categórico: “Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre.” Fp 4;11
Como bem disse o poeta Carlos Drummond: “Engana-se quem pensa que o cofre do banco possui riquezas; lá tem apenas dinheiro.”
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