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Fazer a diferença

Fazer a diferença

Pautado por valores

Quando as coisas acontecem diferente do que sonhamos, podemos nos ressentir, como se a vida nos tivesse traído; ou, avaliar nossas expectativas, se eram mesmo sadias; caso doentias, sua morte estará obrando nossa cura. 

Quem semeia quimeras, natural que ceife desilusões. Então, uns se recolhem na carapaça, atribuindo desenganos a fatores alheios, não aos agentes das escolhas frustradas. 

Na transferência de culpa; nos furtamos a escalar uns metros mais, na encosta da experiência, rumo à maturidade. Custa sangue, com o qual se forja a devida têmpera. 

Mero curso do tempo não amadurece. Muitas envelhecem verdes. Quando levamos um “toco” da vida, não é hora de cortarmos os pulsos, deprimirmos, ou, abdicarmos de valores, como se, não valessem à pena. Quem cultiva coisas por aplausos, no fundo, as palmas são o seu bem. 

A boa índole nos serve, sobretudo, para os momentos maus; quando não chove prescindimos do guarda-chuva. Quem apregoa sua “filosofia” tipo: “Sou bom com quem é bom comigo”. Ou, “Todos estão roubando, por quê, serei honesto?” embora possa pavonear-se em “fazer a diferença”, é um medíocre que faz igual. 

Nadar contra a corrente; arrostar maus ventos e se manter íntegro, eis a excelência do caráter! Quem condiciona seu ser às circunstâncias, não é; está. 

Muitas mensagens “espirituais” não passam de profanas tentativas de negociatas com Deus; deveríamos aprender com Habacuque: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas e nos currais não haja gado; todavia me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” Hc 3; 17 e 18  

Muitos jactam-se de “matar um leão por dia”; mas, fogem dum tigre de papel. Ocorre-me a fábula do bezerro “rejeitado”. Ele estava preso num curral, ao lado do qual uma fila de animais saudáveis, gordos era “estimulada” a ir em frente. 

O bichinho olhou aquilo e indignou-se com o “preconceito”; será porque sou magro, ou jovem demais? Também quero ir. Recuou, tomou impulso e deu uma forte cabeçada nas tábuas que o limitavam, arrombou e entrou na fila. Era a fila do matadouro. 

Conosco, não raro, acontece igual. Nos indignamos contra certas “cercas”, por acharmos que o caminho dos outros serve para nós. Queremos ser iguais aos que andam no erro; ai de quem ousar abrir nossos olhos! 

Quem quer realmente fazer a diferença precisa aprender a traçar seu rumo calcado em valores, não circunstâncias, nem, no som do berrante. Todos fazem? Problema deles; A Palavra de Deus preceitua? Problema meu. 

.A sombra muda seu tamanho a cada instante, de acordo com o curso do sol; mas, isso não altera a estatura do corpo que a produz. Por irônico que pareça, faz a diferença apenas aquele que faz igual, quando a vida resolve mudar seu humor. 

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