“O inferno não existe”
A interpretação da inépcia
“Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.” Ecl 1;1
Deparei com um vídeo há pouco onde uma senhora “prova” a inexistência do inferno baseando-se no Eclesiastes, pois, diz que todos vão ao mesmo lugar, sejam justos ou injustos.
De fato, há coisas assim no referido livro. Entretanto, um bom intérprete da palavra de Deus precisa saber algumas coisas bem básicas. Uma delas, chama-se contexto.
Embora Salomão tenha recebido sabedoria de Deus, como dom, as coisas que ele escreveu não podem ser colocadas em pé de igualdade com A Palavra de Deus. Invés de atribuir seus escritos ao Eterno, “Veio a mim a Palavra do Senhor, ou assim diz O Senhor”, como faziam os profetas, ele começa seu escrito pontuando que são palavras dele.
Desenvolve circunscrevendo suas observações meramente à esfera terrena; as coisas que ele viu “debaixo do sol”. Quando diz que todos vão ao mesmo lugar, pois, refere-se ao fato de que todos morrerão e serão sepultados, sem entrar no mérito de como serão as coisas no além.
Por fim, encerra recomendando o temor a Deus, tendo advertido, um pouco antes, da inevitabilidade do juízo. “… anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas Deus te trará a juízo.” Ecl 11;9
“Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos; porque isto é todo o dever do homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Cap 12;13 e 14
Qual o sentido de se advertir quanto à inevitabilidade do Juízo, se, no final todos terão o mesmo destino?
Com um pouco de desonestidade intelectual, outro de ignorância bíblica, urdidas com certa habilidade na arte de contorcionismo teológico se pode “provar” qualquer coisa.
As coisas pueris que não resistem ao contraditório, sequer deveriam colocar as luvas; muito menos, subir ao ringue. “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor; mas os que praticam a verdade são o seu deleite.” Prov 12;22
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