Opacos neons
Inseguranças
Expectativas,
meras linhas de chegada que traçamos por conta,
a vida não tem regras, apenas riscos, esquecemos;
então quando a realidade avessa, à espera, afronta,
descobrimos efeitos alucinógenos, do que bebemos;
Expectativas,
uns estandes que montamos numa feira imaginária,
vida sai sem script, improvisa, feliz, ou, infelizmente;
traz a real nem sempre bela, às vezes reles, ordinária
desfaz o sentido d’onde expomos o coração, carente;
Expectativas,
alguns neons opacos fixados com parafusos do medo,
vida não teme ameaças, paga pra ver, se ameaçamos;
descobertos os ardis, somos enviados para o degredo,
além da alta fantasia, onde à prudência sequestramos;
Quer saber?
danem-se quimeras esperança, doa agora, o lapso vida,
arrosto às desilusões, sempre resta umas dores no fim;
aborto seguro, não quero a tal, de meu ventre nascida,
Se ventura me quiser corra sôfrega buscando por mim...
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