Reticente
contra a corrente
Quiçá, seja uma impertinência reticente
a arrostar a sociedade com seus pontos;
que zomba a mesmice e teme o diferente
nuances dolorosas; evitam água quente
a qual, escalda aos argumentos prontos;
o medo da luz preserva o habitat, escuro
no da crítica, juram ter, a noturna visão;
a bem da verdade a verdade, pós o muro
que tinge em matizes pretéritos, o futuro
pior, ora basta o circo, sem nenhum pão;
o homem réptil prossegue ao rés do chão
alugando pincéis dos que pintam as asas;
régios quinhões, custa, toda a simulação
às expensas dos alvos da ignóbil tapeação
somente suja, o carvão, inútil pra brasas;
como poria um ponto final em tais riscos,
aquilatando garatujas como, vistosa arte?
um ou outro valor, meros anseios, priscos
retinas burlam; o novo normal, são ciscos
a mais sombria das noites grassa, destarte…
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